sexta-feira, 12 de novembro de 2010

70% dos entregadores de pizza não têm registro

De cada dez motociclistas que fazem entrega de pizza ou outros alimentos em Maringá, sete trabalham sem carteira assinada. A estimativa é do Sindicato dos Trabalhadores de Moto-táxi e Moto-frete do Noroeste do Paraná (Sindimoto).

A entidade denunciou o caso ao Ministério do Trabalho. "Acham que nós fazemos bico, mas somos uma categoria estabelecida", diz o presidente do sindicato, Mauro Garcia.

O Sindimoto fez um cadastramento dos entregadores que trabalham em bares e restaurantes de Maringá. Dos cerca de 200 trabalhadores, apenas 60 contavam com registro em carteira.

Garcia afirma que mesmo entre os entregadores que estão registrados, há casos de direitos como décimo-terceiro, férias e folga aos domingos desrespeitados. "É como se fosse um registro fictício", diz Garcia.

O chefe do setor de Fiscalização do Trabalho da Gerência de Trabalho e Emprego de Maringá, Paulo Sanchez, confirma que recebeu as denúncias e que elas estão em processo de investigação. Sanchez, no entanto, afirmou que não há possibilidade de respostas imediatas e preferiu não estipular prazos para a conclusão das apurações.

"Não dá para ser como os sindicatos pensam que funciona. Cada sindicato acha que só existe o seu problema, mas trabalhamos com prioridades, dentro de um projeto."

O presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Maringá (Sindhotel), Genir Pavan, disse que só vai se manifestar após ter acesso à denúncia feita pelo Sindimoto.

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